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Primeiro Censo

Iniciada a venda dos lotes da Fazenda Mundo Novo, porTristão José Monteiro, registra-se a chegada dos primeiros colonos a Santa Maria do Mundo Novo, em 07 de outubro de 1846, conforme memorando de Tristão José Monteiro enviado ao Presidente da Província do Rio Grande do Sul, Dr. João Luiz Vieira, comandante de Sinimbu, em que relata a situação dos colonos chegados naquela época, como se estabeleceram, sua forma de vida e subsistência.

Passados dois anos, em 1848, o médico e diretor da Colônia de São Leopoldo, Dr. Johann Daniel Hillebrand, realizou, em Santa Maria do Mundo Novo, o primeiro censo demográfico desta região, onde registrou o número de pessoas residentes em cada propriedade e o número que recebeu esta colônia, cujos dados serão apresentados no relatório a seguir. Ao nos referirmos ao relatório de Hillebrand, aparecem, então, dois números (7/34, por exemplo). O primeiro corresponde ao que foi dado à colônia e o segundo, ao censo de habitantes. Além dos dados levantados naquele censo, transcrevemos a pesquisa que realizamos sobre o lugar de origem desses habitantes, algumas particularidades da vida de cada família, local e causa da morte e sepultamento de alguns de seus membros e, ainda, dados constantes no segundo censo realizado por Hillebrand, em 1854, (Pág. 239) quando essas mesmas famílias permaneceram residindo em Santa Maria do Mundo Novo, em que ele registrou a localização de cada uma dessas colônias. Dessa forma, muitos de nossos leitores poderão reconhecer, nesses nomes, seus antecedentes e conhecer um pouco mais sobre os pioneiros de Santa Maria do Mundo Novo, aqueles heróicos desbravadores que construíram a história vitoriosa deste vale.

Observe, ainda, o leitor, que a área de terra de propriedade de cada família, ao referir-se a uma colônia, é o correspondente a 150.000 braças quadradas, e ½ colônia representa, então, 75.000 braças quadradas, sendo uma braça o equivalente a 2,20 metros.

Geiss, Johann: 30 anos, lavrador, católico, natural de Wolfensweiler, Oldenburg, nascido em 02.09.1817. Na época da realização do censo de 1848, ainda era solteiro e constava na relação de Hillebrand como o número 1. Casou-se, em 1854, com Maria Elisabeth Molter, evangélica, nascida em 24.11.1831, em Rosen, Principado de Birkenfeld, e, em 1853, veio com seus pais e irmãos para o Brasil. Em 1854, data do segundo censo, já constavam como proprietários de ½ colônia (75.000 braças quadradas) na margem oriental (lado direito) do Rio Santa Maria, no Mundo Novo, tendo recebido o número 22 na relação de Tristão José Monteiro. Ele faleceu de hidropisia pulmonar, às 6 horas e 30 minutos da manhã de 13.03.1891, depois de dez semanas acamado e foi enterrado, em Santa Maria do Mundo Novo, às 9 horas da manhã do dia seguinte. Ela faleceu também de hidropisia, ao meio-dia, em 19.11.1912, sendo sepultada, em 20.11.1912, no Cemitério de Solitária.

Fischer, Friedrich Philipp : 40 anos, evangélico, músico e lavrador, nasceu, em 20.10.1808, em Kusel / Pfalz; a mulher, com 31 anos, Margaretha Juliana, nascida Seibert, em 24.05.1817, em Wolfersweiler / Birkenfeld, na Alemanha; os filhos alemães: Luíse, 13; Sofia, 11; Johann, 8 e mais Julianna Pöse, 64, viúva, alemã, sogra. A família chegou, em 05.09.1846, constituída de sete pessoas, as quais receberam os números 350/356 na relação de imigrantes em São Leopoldo. No censo do Dr. Hillebrand, a família aparece sob os números 2/10, demonstrando, assim, que a família é composta de 9 membros (os pais, a sogra e os três filhos, já descritos, somam 6). Os demais seriam dois filhos alemães (Karl, nascido em 1842, e Anna Catharina, nascida em 1845, ambos naturais de Wolfersweiler, mas que não constam no número de pessoas descritas na lista de imigrantes chegados a São Leopoldo) e Philipp, nascido em 1847, já no Mundo Novo. No censo de 1854, já constam como proprietários de uma colônia (150.000 braças quadradas), situada na margem oriental do Rio Santa Maria, onde residiam com os filhos e a viúva, que chegara com a família em 1846. O chefe da família faleceu de senilidade em 03.11.1878 e foi sepultado às 8 horas da manhã seguinte em Baixa Santa Maria. A esposa faleceu, em 03.03.1879, às 11 horas da noite, sendo sepultada, em 05.03, às 9 horas da manhã, em Fortaleza (Lajeadinho).

Krummenauer, Philipp Karl: 39, lavrador, evangélico, nascido em 25.08.1808, em Birkenfeld/ Oldenburg, na Alemanha (filho de Johann Krummenauer e Sofia, nascida Kunz), falecido, em 28.03.1893, em Santa Rosa / Taquara; sua mulher, Maria Catharina, nascida Schuck, em 11.11.1797, em Birkenfeld (filha de Johann Nicolaus Schuck e Maria Catharina, nascida Teitsch), com 51 anos na data do primeiro censo e falecida, em 22.01.1878, em Taquara e um filho alemão, Johann Jakob, nessa época com 20 anos. Família chegada a São Leopoldo em 26.08.1846, vinda de Hamburg no brigue “Emília” e do Rio de Janeiro a Porto Alegre no vapor “Continentista”. Além do casal e do filho Johann Jakob, consta, na relação de chegada, o nome de Philipp Georg, de 13 anos, “enjeitado”. Números na relação de imigrantes: 376 a 379. Em 1854, eram proprietários de uma colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo. Na relação do Dr. Hillebrand, constam com os números 3/11 e, na listagem de Tristão Monteiro, receberam o número 2. O filho Johann Jakob, também nascido em Birkenfeld, em 03.10.1828, casou-se com Elisabeth, nascida Veeck. Eram proprietários, no censo de 1854, de uma colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, área vizinha à de seu pai, constando com o número 3 na relação de Tristão Monteiro. Após o falecimento da esposa Elisabeth, em 19.10.1856, Johann Jakob casou-se, em segundas núpcias, com (Pág. 241)  Maria Catharina Zimmermann, nascida, em 1844, na Picada 48. Ele faleceu, em 31.05.1919, em Taquara e ela, em 12.09.1916, em Rio de Ilha.

Michels, Peter Nicolaus: 35 anos, pedreiro, católico, natural de Birkenfeld/Oldenburg; a mulher, Catharina, nascida Keller, 31; filhos alemães: Catharina, 9; Karolina, 8; Peter, 5 e um filho brasileiro, Jakob, com 1 ano de idade, já nascido no Mundo Novo. Família constituída de cinco pessoas, o casal e três filhos, vieram de Hamburg no brigue “Netuno”, chegando a São Leopoldo em 05.09.1846, onde receberam, na relação de imigrantes, os números 296/300. Não temos informação sobre o falecimento do pai, porém a esposa faleceu no ano de 1888. Eram proprietários, em 1854, de uma colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo. Constam com os números 04/14 na lista de Daniel Hillebrand e número 4 na relação de Tristão Monteiro.

Ritter, Maria Elisabeth: Nascida Kirsch, 56 anos, católica, viúva de Friedrich Karl Ritter, evangélico. Filhos alemães: Maria Elisabeth Juliana, 24; Friedrich, 22; Karolina, 21; Karl, 19; Joseph Nicolaus, 16; Wilhem, 14 e Johann, 13. Imigrantes chegados a São Leopoldo em 26.08.1846, vindos de Hamburg no brigue “Emília” e do Rio de Janeiro a Porto Alegre no vapor “Continentista”. Família constituída de oito pessoas, que receberam os números 380/387 na relação de imigrantes. Apesar de a viúva ser católica, todos os filhos constam como evangélicos e, no censo de 1848, receberam os números 5/20, constando ela com 56 anos, enquanto na relação de Tristão Monteiro aparece como tendo 64 anos, sendo esta a última referência a seu respeito. Seus filhos Maria Elisabeth Juliana e Friedrich, nascidos respectivamente em 06.07.1825 e 14.12.1827, em Bernkastel / Allenbach, no Hunsrück, constam como proprietários, em 1854, de ½ colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo, constando com o número 5 na relação de Tristão Monteiro. Os filhos Karolina e Karl, nascidos respectivamente em 1828 e 1830, em Allenbach, no Hunsrück, constam na relação de Hillebrand em 1848: ela casada com Jakob Hartz (filho de Wilhelm Hartz e Judith Bore) em 18.10.1847 e ele, Karl, solteiro, residindo com a mãe. Eram juntos proprietários, em 1854, de ½ colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo. Constam com o número 6 na relação de Tristão Monteiro.

Müller, Franz Heinrich: 41 anos, evangélico; Wilhelmine, mulher, 36. Filhos brasileiros: Catharina Elisabeth, 18; Maria Elisabeth, 14; Maria, 12; Anna Maria, 11; Franz (Pág. 243) Nicolau, 8 e Maria Madalena, 5. Ele foi tenente do Batalhão de Voluntários, em São Leopoldo, no ano de 1842, durante a Revolução Farroupilha e, posteriormente, Juiz de Paz em Taquara. Nasceu em 01.02.1808, em Sien / Birkenfeld e faleceu em Taquara, em 18.10.1877. Casou-se, em 10.01.1830, em São Leopoldo, com Wilhelmine, nascida Lauer (filha de Daniel Lauer e Anna Margarida Groos), em 1811, em Wiesweiler e falecida, em 23.04.1883, em Tucanos. Em segundas núpcias, casou-se com Catharina Döring, nascida em Stockheim / Hessen (filha de Henrich Döring e Elisabeth Dietrich), viúva de Jakob Reidenbach. Constam como números 6/27 na relação de Hillebrand de 1848. Eram proprietários, em 1854, de uma colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo. Receberam o número 8 na relação de Tristão José Monteiro.

Franz Heinrich Müller chegou ao Brasil junto com o pai Franz Peter e outros cinco irmãos. Aportaram no Rio de Janeiro, em 08.11.1825, na galera “Friedrich Heinrich”, que partira de Amsterdam, na Holanda, em 25.08.1825. O patriarca Franz Peter era fabricante de pregos, evangélico, nascido, em 16.12.1770, em Nohen / Birkenfeld. Faleceu, em 05.05.1860, em São Leopoldo. Era casado com Maria Elisabeth Conrad (falecida ainda na Alemanha). Veio ao Brasil com os seguintes filhos:

Anna Elisabeth, nascida em Sien / Birkenfeld, que se casou, ainda na Alemanha, com Johann Nicolaus Hans; Maria Madalena, nascida em 1798, em Sien / Birkenfeld, casou-se, na Alemanha, com Friedrich Schreiner, nascido, em 29.09.1798, em Hellweiller e falecido em 07.09.1861;

Maria Elisabeth, nascida em 15.09.1800, em Sien / Birkenfeld, casou-se, em 02.07.1850, com Andreas Mentz (filho de Johann Libório Mentz e Madalena Ernestina Lips), com quem já vivia maritalmente há longa data e com quem teve oito filhos, entre os quais, “Jacobina”, personagem principal do episódio dos “Mucker”;

Maria Margarida, nascida em 1805, em Sien / Birkenfeld, casou-se com Friedrich Schröder. Desertou na Armação, no Rio de Janeiro, enquanto os imigrantes descansavam, causando grandes transtornos aos seus familiares.

Johann Jakob é o outro irmão de Franz, que, inicialmente, morava na Baumschneis e, posteriormente, em 1854, também veio para estabelecer-se no Mundo Novo. Nascido, em 19.06.1811, em Sachsen Coburg / Birkenfeld e falecido, em 11.05.1882, com a idade de 70 anos, 10 meses e 22 dias, foi sepultado, no dia 13.05.1882, às 10 horas da manhã, no Cemitério de Média Santa Maria. Casou-se, em 03.04.1830, em São Leopoldo, com Maria Eva Schuck (filha de Jacó Schuck e Anna Elisabeth Hermann), nascida, em 26.06.1811, em Argenthal / Hunsrück e falecida, em 05.01.1855, no Mundo Novo. No censo de 1854, constam como proprietários de uma colônia, situada na margem oriental do Rio Santa Maria, de número 36 na relação de Tristão José Monteiro.

Schirmer, Kaspar: 37 anos; Anna Catharina, mulher, 28. Filhos brasileiros: Anna Catharina, 14; Jakob, 12; (Pág. 245) Elisabeth, 8; Johann Adam, 6; Johann Philipp, 3; Wilhelm, 1. Ele era agricultor, evangélico, nascido, em 04.04.1812, em Waldlaubersheim / Hunsrück e faleceu, em Santa Cristina do Pinhal, no dia 06.03.1899 e foi sepultado no Cemitério de Santa Maria do Rio do Sinos. Casou-se, em 1832, em Schwabenschneis, com Anna Catharina Engelbach, nascida, em 1820, na localidade de Wollmar / Hessen. Inicialmente, foi colono no Travessão e, em 1848, já residente em Santa Maria do Mundo Novo, consta no relatório de Hillebrand sob os números 7/34. Eram proprietários, em 1854 de uma colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo, constando com o número 9 na relação de Tristão Monteiro. O filho Johann Philipp, nascido, em 27.08.1845, no Travessão, posteriormente, foi combatente na Guerra do Paraguai, tendo sido seu posto Cabo de Esquadra do Sétimo Corpo Provisório de Cavalaria. Foi ferido, em 1867, na Batalha de Tuiuti e, em 1869, em Campo Grande, foi promovido durante a Guerra.

Kellermann, Friedrich: 26 anos; Maria, mulher, 30. Filhos brasileiros: Friedrich Karl, 2; Anna Maria, 1. Ele era lavrador, evangélico,nascido, em Allenbach / Hunsrück, em 1822 e falecido, em Santa Maria do Mundo Novo, em 06.12.1894. Casou-se, em 17.08.1845, em Hamburgo Velho, com Maria Engelbach (filha de Johann Engelbach e Catharina Engelbach), nascida em 01/03/1819, em Kurhessen / Wolmar, que viera para o Brasil em 1825. Ele chegou, como imigrante “avulso”, em data anterior a 1845. Em 1846 chegaram ao Mundo Novo. Ela adoeceu de influenza e, após três semanas adoentada, faleceu, em 17.11.1890, às 16 horas e 30 minutos, com 71 anos, 8 meses e 16 dias. Foi sepultada, em 18.11.1890, às 14 horas, no Cemitério de Baixa Santa Maria. Eram colonos, no Mundo Novo, em 1848, na relação de Daniel Hillebrand com os números 8/42. Eram proprietários, em 1854, de uma colônia situada na margem ocidental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo. Constam com o número 10 na relação de Tristão Monteiro.

Born, Jakob: 30 anos; Maria Margarida, mulher, 25. Filhos brasileiros: Catharina, 9; Wilhelmine, 7; Bárbara, 5; Jakob, 3; Margarida, 1. O nome desta família, originalmente, era POHREN, grafia que aparece na lista de chegada e nos livros eclesiásticos, todavia, o ramo estabelecido no Mundo Novo aparece como BORN. Ele, alemão, nascido em 1819, casou-se com Maria Margarida, nascida Sausen em 1824 (filha de Peter Sausen e Anna Maria, nascida Gobel). Em 1848 já residia na Colônia do Mundo Novo, constando na lista de Daniel Hillebrand sob os números 9/46. Eram proprietários, em 1854, de uma colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo. São número 11 na relação de Tristão José Monteiro.

Ritter, Johann Nicolaus: 43 anos; Anna Catharina, mulher, 36. Filhos brasileiros: Maria, (Pág. 247) 17; Philipp, 11; Jakob, 8; Peter, 5; Maria Catharina, 3; Friedrich, ½. Imigrante evangélico, chegado a São Leopoldo em 1826, passageiro do bergantim “Karolina”, junto com seus pais, os agricultores Christian e Juliana, nascida Weyerbach em Allenbach / Hunsrück, Johann Nicolaus era lavrador e ferreiro, evangélico, nasceu, em Allenbach, no Hunsrück, em 07.10.1805 e faleceu em 28.03.1870, estando sepultado no Cemitério de Santa Maria do Mundo Novo. Casouse, em 17.07.1828, em São Leopoldo, com Anna Catharina Müller (filha de Nicolaus Müller e Eva Johann), nascida, em Ohlweiler, município de Simmern, em 08.10.1813. O filho Peter, nascido, em 1843, em Hamburgo Velho, foi soldado do Corpo de Pontoneiros e faleceu, em Tuiuti, durante a Guerra do Paraguai. A mãe faleceu em 03.08.1886. No dia anterior ainda fora à roça, onde se sentiu mal. Faleceu, deixando 7 filhos, 48 netos e 19 bisnetos. Foi sepultada, no dia 04.08.1886, no Cemitério de Baixa Santa Maria, ao lado de seu marido. Constam na relação de Daniel Hillebrand de 1848 sob os números 10/53. Eram proprietários, em 1854, de uma colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo. Constam com o número 12 na relação de Tristão José Monteiro.

Kirsch, Daniel: 28 anos; Luíse, mulher, 31. Filho alemão: Karl, 3. Família constituída de três pessoas, chegada em 26.08.1846, recebeu os números 188/190 na relação de imigrantes. Ele era lavrador, evangélico, nascido, em 1820, em Allenbach, no Hunsrück e falecido, em 15.11.1877, no Mundo Novo. Casou-se com Luiza Maria Elisabeth, nascida Schmidt em 1817. Vieram ao Brasil com um filho pequeno de nome Karl, nascido em 08.08.1845. Constam como colonos na relação de Daniel Hillebrand com os números 11/61. Eram proprietários, em 1854, de uma colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo e constam com o número 13 na relação de Tristão Monteiro.

Werres, Nicolaus: 39, marceneiro, católico; Anna Karolina, mulher, 34. Filhos alemães: Maria Elisabeth, 9 e Johann Friedrich, 5. Filha brasileira: Anna Elisabeth, 2 anos. Imigrantes chegados a São Leopoldo em 26.08.1846, tendo a família recebido os números 388/391. Nicolaus Werres nasceu, em Sensweiler aus Trier, em 27.02.1810 e faleceu de apoplexia, em 27.03.1875, em Baixa Santa Maria. Era casado com Anna Karolina, nascida Haag, em 1814, em Sensweiler, evangélica e falecida, em 17.07.1902, em Taquara. Em 1848 constava como colono no Mundo Novo, na lista de Hillebrand, sob os números 12/64. Eram proprietários, em 1854, de uma colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo. Constam com o número 14 na relação de Tristão José Monteiro.

Flesch, Johann: 43 anos, lavrador; Pauline, mulher, 36. Filhos alemães: Joseph, (Pág. 249) 17; Johann, 15; Margarida, 13. Família chegada em 14.10.1846, composta de cinco pessoas: o casal e os três filhos do primeiro casamento de Johann Flesch. Constam com os números 803/807 na relação de imigrantes. Johann era agricultor, católico, nascido, em 1806, em Altersommer / Trevers e casara-se, em primeiras núpcias, com uma moça de nome Anna Maria. Em segundas núpcias, casou-se com Pauline, nascida Grünewald em 1813. Em 1848, já residentes na Colônia do Mundo Novo, constam, na relação de Daniel Hillebrand, sob os números 13/69. Eram proprietários, em 1854, de uma colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo. Constam com o número 16 na relação de Tristão José Monteiro.

Schwartz, Peter Heinrich: 28, alfaiate; Anna Maria, mulher, 28. Filho brasileiro: Peter, 2. Peter Schäfer, 20, Prússia. Imigrantes evangélicos chegados a São Leopoldo em 1846, sendo a família constituída do casal e do cunhado Peter Schäfer, nascido em 1828, irmão da esposa. Peter Heinrich, nasceu em 27.01.1820, em Unzenberg / Simmern, no Hunsrück e faleceu, em 07.11.1898, em conseqüência de senilidade, com 78 anos e 10 meses e está enterrado no Cemitério de Voluntária. Casara-se com Anna Maria Schäfer, nascida, em 1820, em Mutterschied / Hunsrück. Em 1848 constavam como colonos no Mundo Novo, sob os números 14/74, na relação de Daniel Hillebrand. Eram proprietários, em 1854, de uma colônia situada na margem oriental do Rio Santa Maria, no Mundo Novo, e constam com o número 11 na relação de Tristão José Monteiro.

Schein, Johann Peter: 32 anos; Maria Eva, mulher, 26. Filho brasileiro: Peter, 2. Anna Maria Schein, 22. Família chegada a São Leopoldo em 26.12.1846, formada pelo casal Johann Peter e Maria Eva e pela filha Anna Margarida, com 1 ano de idade, constando com os números 894/896 na relação de imigrantes. Na mesma data, chegou também uma irmã de Johann Peter, Anna Maria Schein (número 958 na lista de imigrantes), de 20 anos de idade, que, mais tarde, se casou com Georg Daniel Schmitt, colono no Mundo Novo. Johann Peter Schein era carpinteiro, católico, nascido em 1816, em Biebern /Hunsrück, filho de Johann Peter Schein e Anna Regina Steffen. Casou-se com Maria Eva Gaspar, nascida em 1823 (filha de Johann Heinrich Matheus Gaspar e Maria Platten). Em 1848 constava como colono, no Mundo Novo, sob os números 15/78 na listagem do Dr. Hillebrand e com o número 18 na relação de Tristão José Monteiro.A filha alemã, Anna Margarida, já não consta na relação de Daniel Hillebrand, assim como não consta na lista posterior de Tristão Monteiro. Assim sendo, deve ter falecido pouco depois da chegada ao Brasil, como ocorreu com muitos outros imigrantes.

Paiter, Maria Catharina: 48 anos, viúva, evangélica. Filhas alemãs: Catharina, 15; Eva, 10. Não foram localizados dados desta família, que provavelmente não permaneceu morando nesta região.

Emmerich, Heinrich: Proprietário de área na região. Não foi relacionado como morador na colônia. Não temos mais dados a acrescentar.

Sohne, Johann Karl: 37 anos; Dorothea Karoline Elisabeth, mulher, 38. Filhos alemães: Franz Karl, 13; Johann Philipp, 11; Marie Karolina, 8; Johann Jakob, 6; Johann Peter, 4. Maria Elisabeth, 52, mãe. Família de imigrantes evangélicos chegados ao Brasil em 1848, constituída de oito pessoas: o (Pág. 251) casal, seus cinco filhos e a mãe de Johann, Maria Elisabeth. Johann Karl Sohne nasceu, em 20.01.1811, em Hambach / Hettenroth / Birkenfeld. Casou-se com Dorothea Karoline Elisabeth Menk, nascida em 1810. Ele faleceu em 29.12.1888 e foi sepultado, no dia 30